Da
pena de morte
Do
ponto de vista de Cesare Beccaria
Beccaria
foi um filosofo italiano, responsável por instituir os moldes do pensamento
contra à pena de morte e a tortura, em uma de suas principais obras,
intitulada, dos delitos e das penas. Dessa obra será tratado a seguir do
capítulo XVI, que fala sobre a pena de morte.
Ele
começa por afirmar que fará uma análise sobre a pena de morte se esta é
verdadeiramente útil a sociedade e se é justa. Ele diz que em um estado onde há
pena de morte os homens entregam completamente suas vidas aos tiranos, ao
ponto de eles poderem tirá-las. Ele se pergunta, se os indivíduos estão
cientes e concordam em entregar as suas vidas ao Estado.
Para ele a morte é necessária apenas por dois
motivos: o primeiro; porque os
indivíduos podem ser capazes de produzir uma revolução perigosa no governo. E o
segundo, nas épocas de confusão, em
que as leis são substituídas pela desordem.
Para
ele a pena de morte não fez que os indivíduos começassem a praticar menos
ofensas à sociedade. A severidade do castigo é menos eficaz sobre o espírito humano do que a duração da pena, porque nossa
sensibilidade é mais fácil e mais constantemente afetada por uma sensação
ligeira, mas frequente do que por um abalo violento, mas passageiro.
No seu
entendimento a dor da ausência da liberdade é pior do que a ligeira dor da morte.
" Se eu cometesse um crime reduziria minha vida a essa mísera
condição"- essa ideia amedronta mais do que o medo da morte, que se ver
apenas um instante numa ignorada distância que ele enfraquece o horror”,
(Beccaria, 2015).
O
sentimento dos espectadores pela prisão é de medo, já que sua vida seria
reduzida a anos na ausência de liberdade. Propõe que a prisão perpétua é uma
melhor solução que a pena de morte. Para ele as pessoas vão sempre lembrar de
algo que sempre vigora e se repete do que um crime que quando cometido pelo
indivíduo vai ser punido, mas logo se estabelecerá novo crime de mesma espécie,
pelo próprio. A prisão perpétua é pior que a morte, vejamos o trecho que expõe
esse pensamento:
"
A pena da escravidão é uma vantagem dada para a sociedade pois amedronta mais
aquele que a testemunha, você se considera a soma de todos os momentos
infelizes, do que quem a sofre, pois esse se alheia de suas penas futuras, pelo
sentimento da infelicidade presente", (Beccaria, 2015).
Segundo
ele os sentimentos da alma só seriam dirigidos para o bem através de uma boa
educação. Aquele que pratica o crime visando que será aplicada para si a pena
de morte, arrepende-se mas tem a esperança de felicidade eterna, porém se este
for submetido a pena perpétua passará anos na dor. Afirma ainda que se o estado
proíbe através de leis esses hábitos horríveis, porque poderia ele,
realizá-los?
Para àqueles que discordam do seu
ponto de vista, ele chama-os de fanáticos escravos do preconceito, porém, para
os que concordam, recebem dele o adjetivo de sábios.
"Sinto
quanto a voz fraca de um filósofo será facilmente abatida pelos gritos
tumultuosos dos fanáticos escravos do preconceito, mas, o pequeno número de
sábios espalhados pela superfície da terra saberá entender-me; seu coração
aprovará meus esforços” (Beccaria, 2015).
Autoria: Marta Maísa Dias de
Pontes.
Ø
Beccarie, Cesare. (Dos delitos e das penas. Ed. Edjur e
distribuidora, 2015).
" Se eu cometesse um crime reduziria minha vida a essa mísera condição"- essa ideia amedronta mais do que o medo da morte, que se ver apenas um instante numa ignorada distância que ele enfraquece o horror”, (Beccaria, 2015).
Para àqueles que discordam do seu ponto de vista, ele chama-os de fanáticos escravos do preconceito, porém, para os que concordam, recebem dele o adjetivo de sábios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário